TEORIA DAS RESTRIÇÕES: UMA FERRAMENTA DE TOMADA DE DECISÃO FRENTE A COMPETITIVIDADE GLOBAL

Autores

  • Joanília Neide de Sales Cia
  • Josilmar Cordenonssi Cia
  • José Augusto Veiga da Costa Marques

Resumo

Dentre as mudanças mais importantes surgidas no âmbito das práticas contábeis recentes destacam-se as introduzidas pelos novos instrumentais colocados à disposição da Contabilidade Gerencial, em especial as metodologias de rateio dos custos de fabricação aos produtos desenvolvidos a partir dos anos 80: o custeio com base em atividades (Activity-Based-Costing, ABC) e o critério com base na Contabilidade dos Ganhos (Throughput Accounting, TOC). Os métodos clássicos de custeio - por absorção e direto - ainda permanecem como os mais utilizados pelas empresas para fins de evidenciação externa e gerência interna, respectivamente, à despeito de suas limitações cada vez mais evidentes em ambientes econômicos de acentuada competitividade. Da mesma forma, o ambiente de produção também se transformou, o que contribuiu para a mudança na composição relativa dos custos industriais. Não obstante, ambas as metodologias permaneceram até certo ponto estáticas face a nova realidade. A partir dos anos 80, contudo, começaram a proliferar estudos - a maior parte de natureza acadêmica - ressaltando a inadequação dos instrumentos convencionais adotados pela Contabilidade Gerencial e, sobretudo, os efeitos das decisões derivadas daqueles instrumentais sobre a posição econômica e financeira das empresas. No chão de fábrica, cada vez mais os engenheiros de produção se distanciavam dos contadores. As informações extraídas da Contabilidade não coincidiam com os planejamentos da Produção, embora ambas houvessem partido dos mesmos conjuntos básicos de dados. Por exemplo, a elevação do estoque final de produtos acabados ou em processo era considerado um bom indicador para o contador, haja vista aumentar o ativo total da entidade e permitir o pleno atendimento às iminentes requisições (solicitações dos clientes ou das estações de trabalho subsequentes). Ao contrário, o engenheiro percebia aquela elevação como um fator gerador de custos e despesas, ou seja, o ativo cresceria pela capitalização (ativação) de custos, ao passo que as despesas do período seguinte seriam acrescidas pelos encargos adicionais incorridos para manutenção e movimentação daqueles excedentes.

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Como Citar

Cia, J. N. de S., Cia, J. C., & Marques, J. A. V. da C. TEORIA DAS RESTRIÇÕES: UMA FERRAMENTA DE TOMADA DE DECISÃO FRENTE A COMPETITIVIDADE GLOBAL. Anais Do Congresso Brasileiro De Custos - ABC. Recuperado de https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/3335

Edição

Seção

Custos para Competitividade Global