IDENTIFICAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE INTER-RELAÇÕES E CONSOLIDAÇÃO DE REDES DE EMPRESAS: ESPAÇO PARA EXPANSÃO DO ESCOPO ANALÍTICO DA GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS

Resumo

A gestão estratégica de custos (GEC) visa desenvolver instrumental analítico para apoiar a manutenção ou ganhos de competitividade empresarial, seguindo os passos ditados pela estratégia concorrencial da unidade. A competitividade empresarial é fruto de um conjunto articulado de fatores, internos e externos à empresa. O foco analítico da contabilidade de custos privilegia os aspectos internos. No entanto, aspectos externos relativos a estrutura de relações com outras empresas estão ganhando importância na obtenção de vantagens competitivas. As novas dimensões que a competição está assumindo (qualidade, variedade de produtos com ciclo de vida curto, atendimento rápido ao cliente) está levando as empresas à adoção de formas organizacionais em rede, compatíveis com objetivos do tipo flexibilidade, "customizar em massa" e obter preços competitivos. Redes de empresas devem ser vistas como um conjunto de organizações que atuam de forma coordenada. Nesse aspecto é essencial desenvolver um referencial analítico - à GEC cabe importante papel - e sustentar ações que possibilitem o desenvolvimento de estruturas em rede, de forma a contribuir para a geração de uma classe de vantagens estruturais que diferenciem sensivelmente as empresas articuladas em rede com relação a seus concorrentes (atuais e potenciais). Dado que não existem ainda, no campo da gestão de custos, instrumentos analíticos que mostrem de forma sistemática aos tomadores de decisões nas empresas as vantagens e custos de atuar em redes, neste artigo pretende-se apontar alguns dos possíveis caminhos no sentido de contribuir para o desenvolvimento desse instrumental.