GERENCIAMENTO DE CUSTOS PELA ESTRATÉGIA DA ABSORÇÃO-META

Resumo

Na última década, os sistemas de custos deixaram de ser simples acumuladores de valores, com fins contábeis. As necessidades atuais obrigam que eles passem a ser ferramentas gerenciais de controle empresarial, devendo ser fiéis à realidade. Raffish (1991) nota que a tendência é uma mudança radical na estrutura de custos, tendo como fatores preponderantes a tecnologia e seus materiais. Nesse sentido, pode-se afirmar que um modelo de sistema de custos adaptado às novas tendências deve necessariamente incorporar os seguintes aspectos: a) um entendimento completo do processo de formação dos custos, tanto produtivos como administrativos; b) ser capaz de reconhecer e diferenciar as atividades que agregam e as que não agregam valor aos produtos; c) ser uma ferramenta efetiva para a tomada de decisões gerenciais; d) identificar o ganho fornecido por cada produto; e) ser flexível às variações produtivas, tanto em nível de modificações de estrutura produtiva como de alterações de produtos; f) permitir o detalhamento do custo de um novo produto quando do seu projeto, tanto em nível das matérias-primas como das atividades, para que os produtos, quando da sua fabricação, possam estar de acordo com as disponibilidades reais do mercado; g) permitir uma análise detalhada e ágil da produtividade empresarial. Enfim, uma breve discussão feita sobre os métodos de alocação de custos, tanto os tradicionais quanto os modernos, deixa patente a necessidade de desenvolverem-se novas sistemáticas que, mais do que avaliar os custos dos produtos, permitam a avaliação dos valores efetivamente engajados nos processos de fabricação. E será a partir da comparação entre esses valores e aqueles que os consumidores aceitam pagar (custo-meta) que deverá ser feita a avaliação da empresa, uma vez que a ênfase nos desejos dos consumidores é, hoje, uma premissa fundamental em todas as sistemáticas modernas de organização empresarial.