REENGENHARIA DE PROCESSOS & CONTROLE INTERNO: DIVERGÊNCIAS POR QUESTÕES DE PRINCÍPIOS

Resumo

As organizações, para realizarem suas tarefas, congregam diversas categorias de especialistas que trazem consigo conceitos, técnicas e abordagens para a resolução de problemas originados de princípios básicos que, implícita ou explicitamente, estão baseados em ??hipóteses acerca da tecnologia , das pessoas e dos objetivos organizacionais (Hammer, 1990). Recentemente, aportaram, nas empresas, consultores e especialistas, propondo a reengenharia para a reestruturação radical dos processos empresariais para alcançar melhorias drásticas em indicadores críticos e contemporâneos de desempenho, tais como custos, qualidade, serviço e velocidade?? (Hammer e Champy, 1993). Nas empresas, esses especialistas encontraram, já estabelecidos, há muito tempo e com razoável prestígio, contadores, auditores internos e auditores externos que, preocupados com ??a salvaguarda dos ativos, a preservação da exatidão e da confiabilidade dos dados contábeis, a promoção da eficiência operacional e o incentivo à adesão às políticas gerenciais (Horngren, 1972), implantaram e vêm operando sistemas de controle interno. Nesta seção, pretende-se: (1) comparar os princípios da reengenharia de processos com os de controle interno, demonstrando que eles são potencialmente conflitantes; e (2) evidenciar que os conflitos entre os princípios da reengenharia de processos e os princípios de controle interno podem ser explicados pelas diferenças entre as concepções que estas duas propostas de trabalho têm da tecnologia, das pessoas e dos objetivos das organizações.