Efeitos dos modos de entrada sobre o desempenho de empresas brasileiras internacionalizadas

Resumo

A relação entre o grau de internacionalização e o desempenho das empresas multinacionais tem sido amplamente estudada na literatura de negócios internacionais. Entretanto, ainda não foram encontrados estudos que levem em consideração se os modos de entrada (sejam eles patrimoniais ou não patrimoniais) escolhidos pela organização afetam ou não o seu desempenho. Com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento da teoria internacionalização e desempenho, esse artigo partiu de uma base de dados com as empresas listadas no ranking das transnacionais brasileiras da Fundação Dom Cabral no período de 2006 a 2013, com exclusão das empresas de capital fechado e das do setor financeiro, sendo a amostra composta por 48 empresas. Após análises de regressão múltipla, bem como análise de dados em painel, verificou-se que não existe uma relação estatisticamente significativa entre os modos de entrada – patrimonial e não patrimonial – e o desempenho das empresas analisadas. Como estudos futuros sugere-se a replicação dessa pesquisa sobre os modos de entrada no mercado externo para outros países, inclusive a fim de aumentar a amostra de análise.